quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A CAPTURA

gggglvvlllll “A CAPTURA” Esta história que vou narrar também aconteceu a muitos anos passados, nem sei determinar a data e que ouvi contar por alguém de minha família e até hoje recordo do fato e o cenário de tudo também foi a minha terra natal: General Salgado. Era comum em nossa casa sempre a minha mãe cozinhar não só para os integrantes da nossa família, mas sempre um pouco mais “pois vira e mexe” como se diz, meu pai vinha da rua sempre trazendo alguém para almoçar ou jantar em casa. Na nossa casa tinha um fogão de lenha, o que era mais comum naquela época, então os alimentos estavam sempre quentinhos, mais adiante na minha narrativa vou explanar o porquê estou dizendo tudo isso. Vamos à história: não sei se já ouviram falar de uma tropa armada da polícia, que vinham sempre em um pequeno caminhão, com poucos integrantes. Diziam que eram impiedosos e sem mais ou menos já desciam dando cacetadas, a famosa Captura. Falavam o povo de antigamente que eles revistavam as pessoas a procura de armas e se as mesmas não tinham nada falavam: “Que espécies de homens são vocês, que nem armas têm...”. Com eles, não tinha jeito, as pessoas estavam sempre erradas. A Captura, portanto, era um policiamento bem temido, por todos os lugares onde passavam. Contou a pessoa de minha família, que na nossa cidade uma mulher foi dar parte para o chefe da captura sobre jogo de baralho, num clube da nossa cidade. Ela assim agiu pois queria que a mesma fosse dar uma “prensa”, principalmente em seu marido que também era um jogador assíduo do clube. Meu pai, Nadyr Garcia, juntamente com outras pessoas da nossa terra, sempre frequentava o tal clube para jogar... O chefe da captura mandou chamar um comandado e assim falou: “Vá até o clube, disfarçado e manda o Nadyr sair de lá...”. Assim foi feito. No outro dia, a captura estava em reunião com todos que estavam lá no clube, chamando-os duramente a atenção, quando a citada mulher disse: “O Nadyr, também estava lá e não prenderam...”. Ela não se conformava que meu pai não estava no meio dos que foram pegos lá no clube. O chefe então retrucou veementemente: “Ele não estava lá, foram só os que pegamos em flagrante...”. Mais tarde, sozinhos só o chefe e meu pai, ele disse: “Nadyr, eu lhe devia uma gentileza, pois almocei em sua casa”. Agora estamos quites, “Cuidado para não ser pego, da outra vez, não perdoarei...”. WANDISLEY- DO LIVRO: HISTÓRIAS QUE VEM DE LONGE

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